A briga pelo controle do Ministério do Trabalho promete se acirrar ainda mais durante esta semana. Após a saída de Carlos Lupi, sob denúncias de corrupção, o PDT trabalha para manter o controle da pasta e evitar que o PT assuma o ministério no próximo ano. Em reunião nesta segunda-feira (5) com a Executiva Nacional de seu partido, Lupi disse aos aliados que "qualquer um" do PDT que assumir o cargo será alvo de pressões.
O ex-ministro pediu demissão no último domingo (4) após não conseguir explicar irregularidades em convênios assinados pela pasta. Lupi, que é presidente licenciado do PDT, deve reassumir a presidência do partido em janeiro. O papel de articulação política no partido, principalmente num momento em que devem ter início as negociações sobre a sucessão na pasta do Trabalho, será exercido por uma comissão de pedetistas, embora o discurso seja o de que é "cedo" para discutir indicação de nomes e de que a decisão final é de Dilma. (Folha)