sábado, 25 de fevereiro de 2012

Secretário diz que assinou edital do concurso da Secult às pressas antes do Carnaval


Era sexta-feira, dia 10, final de expediente, quando o ex-superintendente de Desenvolvimento Territorial, Adalberto Santos, entrou na sala de reunião da Secretaria Estadual de Cultura (Secult) com um edital. Apressado, solicitou que o secretário Albino Rubim desse rapidamente o seu aval no documento, pois pretendia “rodar” antes do Carnaval. Esqueceu-se de avisar ao secretário que havia acrescentado um item ao edital padrão da Secult. Justamente o polêmico critério que pontuava os anos de militância política e sindical dos candidatos.
A história acima foi contada ontem, ao Correio, por Albino Rubim, como justificativa por ter deixado passar o controverso critério de seleção no edital que selecionava, via Reda, nove representantes territoriais de cultura. “Ele pediu agilidade, era sexta-feira, beira de Carnaval. Confiei nele. Imaginei que era um edital padrão e assinei”, disse Rubim. Após atribuir a culpa ao superintendente, Rubim defendeu o ex-funcionário. “Não acho que foi má-fé. Ele só não mediu as consequências de ter inserido um item como esse. Ele achava que os representantes deviam ser ativistas culturais, entender de políticas culturais. Foi um erro, ele reconheceu e pediu exoneração”, disse.