Deputado Euclides Fernandes autor da proposição fez a entrega do título ao senador Cristovam Buarque
O professor, engenheiro, escritor, ex-governador de Brasília e senador Cristovam Ricardo Cavalcanti Buarque (PDT) foi homenageado em sessão especial na tarde de quarta-feira (4/12), no plenário da Assembleia Legislativa, com o Título de Cidadão Baiano. A proposição para conceder a honraria, apresentada pelo deputado Euclides Fernandes, também do Partido Democrático Trabalhista, foi aprovada por unanimidade. A sessão especial, comandada pelo presidente da Casa, deputado Marcelo Nilo (PDT), contou com a presença do senador João Durval, de representante do governador Jaques Wagner, deputados e vereadores, dentre outras autoridades que lotaram todas as dependências do plenário da AL-BA. Em seu discurso, Euclides Fernandes (PDT) registrou atitudes adotadas pelo Ministro Cristovam Buarque ao longo de sua vida e citou vários projetos e programas que foram implantados pelo homenageado quando governou Brasília, com destaque para o Bolsa-Escola, que assegura um salário mínimo a cada família carente que tenha os filhos entre 7 e 14 anos matriculados na escola pública; o Sistema Nacional de Emprego que levou a evasão escolar do ensino fundamental a cair de 10%, para apenas 0,4%.
Senador Cristovam Buarque citou em seus discurso ensinamentos de Joaquim Nabuco e Castro Alves
Ao agradecer a honra de receber o título de Cidadão Baiano, o senador Cristovam Buarque traçou um paralelo entre as características fundamentais da sua maneira de pensar e os primeiros ensinamentos recebidos através da leitura dos livros do pernambucano Joaquim Nabuco e do baiano Castro Alves, “foram eles que me despertaram para a indignidade, brutalidade e desumanidade da escravidão.” Disse ainda, “foram eles que me fizeram entender a estupidez de um País que incinera todos os anos o cérebro de milhões de jovens brasileiros que ficam sem a educação necessária para construírem um país no século XXI. Se os escravocratas eram estúpidos por limitarem a energia humana dos escravos apenas aos braços, sem aproveitar seus demais dotes para a economia e cultura, nós hoje somos muito mais estúpidos neste século onde o grande fator de produção passa a ser o conhecimento.”