Gilmário Silva
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Após minuciosa investigação e de manter campana, policiais civis da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) cumprindo um mandado de prisão temporária, decretada pela justiça prenderam na madrugada desta quinta-feira (30/07), Gilmário Silva Ferreira, 37 anos, conhecido como Maroca.
Ele é acusado de praticar vários estupros na cidade de Feira de Santana. Ele também é acusado de ter matado a esposa asfixiada com uma toca de cabelo. De acordo com a delegada Maria Clécia Vasconcelos, o acusado foi preso na casa da mãe, localizada na Rua São João, no bairro Tomba.
Ele estava escondido entre o forro e o teto do quarto. “É um crime que deixa a população revoltada. A polícia realizou uma campana em frente à residência e adentrou o recinto encontrando-o entre o forro do teto e a cobertura do quarto. Ele sabia que a polícia estava à procura, e os vizinhos diziam que ele saía em determinados horários como se estivesse se escondendo de alguma coisa", informou.
A delegada relatou que a população teve grande importância na prisão do acusado. “Graças à participação da sociedade, pois ele oscilava no horário e desta vez conseguimos prendê-lo, que já possui inquérito policial desde 2006 na DEAM. Apesar de ter sido reconhecido nas fotografias pelas vitimas, Maroca negou as acusações, e disse que não usava armas e fazia gestos com as mãos em baixo da camisa, a fim de intimidar as vitimas’’, frisou a delegada.
Na delegacia ele negou os estupros e também disse que não matou a esposa. “Eu só pratico assalto. Roubei o celular e o dinheiro dela só. Eu não pratiquei estupro, fui acusado. Alguém que fez isso com elas. Eu não estava fugindo da polícia, estava fugindo das pessoas querendo tirar minha vida, me acusando. Eu nunca tive arma na minha vida, eu assaltava com a mão. A pessoa quando quer incriminar fala o que quer. Eu não vim aqui antes porque sair a pé é difícil. Quando a delegada me encontrou eu estava escondido”, disse o acusado.
Maroca disse também que quando foi preso anteriormente em Santo Estevão estava trabalhando e que as investigações da morte da esposa apontam outro suspeito. “Fui acusado de matar, mas não foi eu que matei. Por isso fui solto. A delegada de lá tem na investigação de que na noite do crime ela estava com um rapaz lá”, disse.
Sobre estas afirmações a delegada foi enfática. “Eu já esperava isso dele. Se não dissesse isso não seria o Maroca perigoso que nós deduzimos ser. Ele já responde pelo crime de homicídio e ele nega, responde por estupro desde 2006 e ele nega. Maroca fez mais vítimas e ele nega. Não esperava outra conduta”, declarou.
De acordo com Clécia, Gilmário é suspeito de vários estupros na cidade e não pode ficar solto. “Maroca representa 50% dos últimos estupros registrados em Feira de Santana. Ele não pode ficar na sociedade. Dispomos de um exame pericial muito eficaz que é o perfil biológico. A partir do material biológico de um acusado fazemos um comparativo do material biológico encontrado nas vítimas. Essa é mais uma prova incontestável para fazer jus à condenação. Ainda tem outro para pegarmos. Um homem com idade de aproximadamente 40 anos, cabelo baixo, com umas entradas, moreno, anda bem vestido e aborda as vítimas em um veículo. Na última vez que ele agiu, estava em uma Pajeiro, mas chegaremos a ele também”, afirmou a delegada, que mesmo de férias comandou a operação de prisão do acusado.
Por conta do tempo de 30 dias para concluir o inquérito, a delegada inicialmente representou pela prisão temporária do acusado, já que com a prisão preventiva ela teria apenas dez dias. Neste período de 30 dias, a delegada representará também pela prisão preventiva para que ele não seja liberado da prisão.
nformações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade