sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Câncer de pele é o mais comum com 185.380 novos casos por ano no Brasil

 

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O câncer de pele é o mais frequente entre homens e mulheres e representa quase 30% de todos os tipos da doença. O Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (Inca) estima 185.380 novos casos de câncer de pele melanoma e não melanoma por ano para o triênio 2020/2022, sendo 87.970 em homens e 97.410 em mulheres.

As mortes pelo câncer não melanoma chegam a 1.358 em homens e 971 em mulheres, segundo dados de 2018 do Ministério da Saúde, os mais recentes. Já as mortes por câncer de pele melanoma no Brasil foram 1.038 para homens e 753 mulheres. A pele é o maior órgão do corpo humano.

De acordo com o médico oncologista André Bacellar, em entrevista na manhã desta sexta-feira, 11, para o ‘Isso é Bahia’, na rádio A TARDE FM, o câncer de pele é o mais comum entre os cânceres no mundo, mas também é o mais fácil de ser tratado.

“Se o câncer for detectável precocemente é possível curar mais de 95% dos casos apenas com a cirurgia”, pontua. Geralmente o câncer de pele é indentificado através de manchas ou feridas na pele que não melhoram ou passam a aumentar com o tempo.

O médico explica que o objetivo da campanha Dezembro Laranja, que tem como slogan ‘Faça da sua prevenção um hábito’, é conscientizar para que as pessoas possam tomar cuidados ao sol, prevenir o câncer e tratar rápido.

Existem dois tipos de câncer de pele: 95% são do tipo não melanoma (divididos 70% de carcinoma basocelular e 25% de espinocelulares ou carcinomas epidermoides) e 5% de câncer melanoma, de comportamento mais agressivo. Todos os cânceres de pele são malignos.

Prevenção

No próximo dia 21, começa o verão, época de calor mais intenso e temperaturas elevadas. A campanha Dezembro Laranja destaca a importância de se evitar ao máximo a exposição aos raios ultravioletas intensos, que ocorrem entre 10h e 16h, e usar sempre protetor solar nas áreas expostas, independentemente de ir à praia.

“O filtro solar tem que passar a ser um hábito da gente desde o momento que saímos de casa de manhã, já que existe exposição solar”, comenta o médico oncologista André Bacellar.

André também recomenda, se possível, a utilização de protetores físicos como boné, chapéu, roupas de proteção UV, óculos escuros, sombrinha, guarda-sol, além de ficar o máximo de tempo na sombra.

Predisposição

Quem têm câncer de pele deve fazer acompanhamento constante. Principalmente quem tem fatores predisponentes, como as pessoas de pele e olhos claros, pessoas ruivas, que são mais suscetíveis às alterações dos raios ultravioleta.

Os cânceres não melanoma basocelulares e espinocelulares, quando diagnosticados de forma precoce, podem ser resolvidos com a retirada da lesão por um dermatologista. Entretanto, que os negros também podem ter câncer de pele e devem estar atentos, sobretudo, para o melanoma, que se apresenta como uma lesão mais pigmentada. (A Tarde)